sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

6 - NOVO RATING FIDE

Prezados amigos, começamos mais um ano. E, obedecendo ao critério de emitir quatro relações de rating ao ano, a FIDE anuncia o novo rating. Algumas mudanças nos top ten. Mas, o que nos interessa (pelo menos neste blog) é o xadrez tupiniquim, especialmente o do nosso estado.
Foi um ano de vários torneios de rating FIDE. Sendo assim, com o intuito de informar meus onze leitores, eis a relação de torneios disputados no ano de 2008, no estado do Rio de Janeiro, cujos resultados foram recebidos e autenticados pela FIDE (em ordem cronológica):
Campeonato Estadual Absoluto 2008 (início em 19-01-2008); IRT CXG Aluizio Bento da Silva (16-02-2008); Lendas do Xadrez - Taça Alberto Mascarenhas (29-02-2008); I IRT FIDE Memorial Bobby Fischer (20-03-2008); Torneio FIDE CXG 2008 Luciano Nilo de Andrade (19-04-2008); 1º IRT Djalma Baptista Caiafa (31-05-2008); Final Memorial Bobby Fischer (18-07-2008); Campeonato Brasileiro de Senior 2008 (27-07-2008); IRT CXG José Paschoal 2008 (16-08-2008); 1º IRT Vale do Marangá (04-09-2008); Campeonato Estadual de Mestres (13-09-2008); Campeonato CXG 2008 - Taça Luciano Andrade (01-11-2008). A FIDE esclarece, ainda, que deverá constar na listagem de abril de 2009 os seguintes torneios: I Torneio Internacional Vale do Marangá (25-11-2008) e Campeonato Brasileiro Absoluto 2008 - Final (07-12-2008). Quanto aos outros torneios porventura disputados no ano de 2008, ou a FIDE não os recebeu, ou está apurando-os. Vamos aguardar. Mas, este ano que passou foi, de fato, de vários torneios FIDE. Foi um recorde dos últimos anos! Em 2003, tivemos oito torneios; em 2004, nove; em 2005, apenas dois (!); em 2006, oito; em 2007, onze torneios; e, em 2008, tivemos onze torneios também. A título de comparação, o tão decantado estado do Espírito Santo teve, em 2007, cinco torneios e, em 2008, cinco torneios também. Não sei se isto faz diferença no nivel enxadrístico de um estado. A nossa função neste blog é de informar. Cabe os comentários aos meus amigos leitores.
O Brasil está na 25ª posição em relação à média dos dez jogadores mais fortes, em uma lista de 148 países. A FIDE possui 162 países membros (54 na Europa, 40 na Ásia, 34 nas Américas, 29 na África e 05 na Oceania). Os dez primeiros são: 1º Rússia, 2º Ucrânia, 3º China, 4º Israel. 5º Azerbaijão, 6º Estados Unidos, 7º Hungria, 8º Índia, 9º Alemanha e 10º Armênia. Clique aqui para consultar os cem maiores rating's do Brasil.

8 comentários:

Anônimo disse...

Marco, antes de tudo prabens pela pesquiza. Vejo em muitos blogs denúncias, ameaças e xingamentos que não levam a nada. Gosto de ver informações que seja por exemplo pesquisa igual voce fez. continue nos brindando com suas brilhantes matérias.
Cordialmente,
João Marques

Anderson Henk disse...

Rapaz me falaram do seu blog, não conhecia e fiquei surpreso com a qualidade dele. Informações legais. Parabéns!!

herlonassuncao disse...

Marco, parabéns pela bela pesquisa sobre o Arthur Napoleão.
Eu já conhecia esta histórica figura das Artes Musical e Enxadrística nacionais, mas estou certo que a maioria - enxadristas incluídos - desconhece a importância história do biografado.
Ainda se falará muito de Arthur Napoleão neste ano - assim espero -
mas o Xeque-Mate sai na frente.
Cordial abraço,
Herlon Carlos.

herlonassuncao disse...

Alguém sabe como fica a questão do pagamento da taxa CBX,pois o link para gerar boleto de pagtº está desativado?

Marcelo disse...

Dispensa maiores comentários...Parabéns

AI Pablyto Robert disse...

Marco,

Antes de mais nada, seu trabalho de pesquisa foi muito bem feito. Agora, tem uma questão na comparação com o Espírito Santo que não faz justiça, pois faz parecer que a Federação do Estado do Rio fez mais do que a Federação do Estado do Espírito Santo, no tocante a torneios válidos para Rating FIDE.

Em 2006, a FESX realizou 12 torneios, dentre eles 3 Magistrais para norma de MI e um Aberto do Brasil com R$ 15.000,00 em prêmios, agraciado com muitos cariocas participantes.

Em 2007, procede sua informação de apenas 5 eventos: 2 Magistrais de norma de MI e o Regional Sudeste entre os tais. Aqui abro uma observação para justificar a queda quantitativa: as etapas do estadual deixaram de valer FIDE, pois em 2006 houve um esvaziamento, ocasionado principalmente pela obrigatoriedade de pagamento da anuidade para o torneio valer CBX/FIDE. A FESX se reuniu e manteve FIDE apenas a Final do Estadual, a Copa dos Campeões Municipais, IRTs que porventura fossem realizados e os eventos nacionais e internacionais.

Em 2008 foram também 5, dentre eles o I Aberto Internacional do Espírito Santo, o BRA Juvenil Absoluto e o BRA Juvenil Feminino. Há de se ressaltar a realização, também, do FENAC, que não valeu FIDE, mas teve registro CBX.

A grande diferença do ES para o RJ, SP, PR, RS, SC e MG é a total falta de clubes efetivamente ativos, realizando eventos, registrando os mesmos e tal. O máximo que fazem, é torneios de rápido e relâmpago, isto os que fazem! Ou seja, a FESX hoje faz às vezes dos clubes, organizando os eventos e os realizando. Se você pegar na sua lista só os eventos feitos pela FEXERJ (em 2008, 2 apenas!), verá que a mesma perdeu em todos os anos citados para a FESX. Não venceu a disputa nem em 2005, ano que entrou em vigor o regulamento de taxas, sem que tivesse previsão para tal, o que pegou o ES de "calça curta", pois em 2004 havia registrado um número considerável também de eventos FIDE: 8 torneios.

Eu cansei de ter esse papo com o Eihorn pelo MSN: a FESX não tem metade do orçamento e jogadores praticantes que a FEXERJ tem, mas ganha de lavada em realização. O que salva o xadrez carioca (e o faz com sobras) é a existência de clubes atuantes, como a ALEX, Guanabara, o que você dirige, etc.

O pessoal fala bem do ES não é pela quantidade efetivamente, até porque no assunto quantidade seríamos a 3ª divisão, no máximo, comparando com SP, que tem registro de 10 eventos, às vezes, em uma só lista FIDE. O ES é tão decantado pelo Brasil pela qualidade dos eventos que realiza, pelo rigor no horário, pela disponibilização do PGN quase que instantânea ao final da rodada e dos resultados na página, tão logo sai o emparceiramento. Quanto a tudo isto, pode perguntar ao Maia, Di Berardino, Sadi, Darcy Lima, Kleber Victor (ALEX), Bráulio, Bil, Ferreira, etc (são muitos cariocas que podem testemunhar). E defendo não porque eu era o presidente no período citado, mas sim porque a qualidade já era a marca antes da minha gestão, vem de longa data.

Sempre digo que para o ES ser o grande centro enxadrístico, só falta mais gente como alguns de vocês daí do Rio (você, Maia, Blanco, entre outros que demonstram qualidades essenciais à credibilidade de qualquer instituição).

Mas é isto, desculpa pelo longo comentário! Grande abraço!

AF Pablyto Robert

Marco Coutinho disse...

Prezado Árbitro,

Em nenhum momento citei a FEXERJ como realizadora de tais eventos. Tivemos eventos realizados pelo PSXC, pela ALEX e pelo Guanabara.
Não contei quantos foram feitos por federações e sim por estados.
Claro que não podemos comparar o nível do ES em relaçao ao RJ, assim como o de RJ em relação a SP. A população do RJ é bem mais numerosa que a do ES.
Mas, este espaço é para isto mesmo: para debatermos. Só quero que fique claro uma coisa: não quis fazer comparações entre FEXERJ e FESX, até porque seria uma leviandade de minha parte, pois não sou conhecedor da atuação da FESX, apenas ouço comentários elogiando-a e alguns falam até em renascimento desta federação em sua gestão.
Abraços

AI Pablyto Robert disse...

Marco,

O renascimento se deu um pouco antes, com o Rogério Zanon. Teve seguimento com o Guilherme Abreu e aí colocaram a criança no meu colo, quando ela estava pronta para engatinhar. Foi um trabalho e tanto o dos meus antecessores, como já tinha frisado no comentário anterior. Mas, como disse também, sei que você não citou a FEXERJ frente à FESX, só disse que do jeito que o post ficou, "faz parecer". E foi nisto que trabalhei a idéia do comentário, que entre estados, realmente há uma superioridade face aos recursos e pessoas empenhadas. Seria um sonho contar com o grupo de clubes e jogadores do RJ, filiados à FESX. São Paulo ia ficar no chinelo, mesmo celebrando convênios de R$ 5.600.000,00 com o Ministério do Esporte.

Abraço!